quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Ujima (trabalho coletivo e responsabilidade)



Em nossa comunidade, é necessário trabalharmos coletivamente e criarmos essa responsabilidade com os nossos irmãos e irmãs pois, dessa forma, o trabalho é bem melhor desenvolvido e, finaliza mais rapidamente tendo, um melhor resultado do que se fosse feito sozinho. Seja na sua comunidade, em sua família, precisamos trabalhar coletivamente. Não podemos ver um irmão desenvolvendo um trabalho e, não o ajudar nós temos a responsabilidade de, ajudá-lo e, fazermos o nosso e, entre nós, nos ajudarmos pois, só assim, conseguiremos desenvolver tanto as nossas aptidões como a dos irmãos e irmãs, de uma forma mais completa. Cada um de nós tem um dom e limitações mas, mesmo assim, dentro do que sabemos fazer, tem como ser coletivamente e, um aprende com o outro, e, além de finalizar um trabalho com sucesso, acontece uma troca entre nós pois, aprendemos coisas novas que, abrem os nossos horizontes e também, repassamos o que sabemos. Na minha opinião, isso é Ujima.
Djam a Tod@s.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Link sobre o Kwanzaa


Boa noite irmãos e irmãs

Esse link está em inglês mas, quem puder traduzir para os irmãos e irmãs, será ótimo pois, isso, faz parte da unidade.
http://www.youtube.com/watch?v=0kV-6qVp98Q

Já passou por nós o 1º dia que foi Umoja

Umoja (unidade)

Nós somos um só. "Eu sou porque nós somos e nós somos porque eu sou" Se não pensarmos em unidade, não conseguiremos andar muito longe. Sempre ficará faltando algo. o problema de um irmão ou irmã, é o problema da comunidade e vice-versa. A comunidade só está bem quando todos estão. se um estiver mal, todos estão. E, quando aquele que está mal fica bom, todos ficam bem também. Se um está triste, todos estão. Unidade é isso. Se é necessário a comunidade lutar para alcançar um objetivo coletivo, todos lutam para que o mesmo aconteça.
Djam e boa noite a tod@s.

e o 2º Dia que é hoje que, está sendo Kujichagulia (autodeterminação)

É necessário que nós, irmãos e irmãs, tenhamos a cabeça em pé e, definir o que é melhor tanto para a nossa vida pessoal como, a da nossa comunidade. Se definirmos algo, é necessário que se sustente até o fim ou seja não pode ter dois papos e tipo, ainda mais se for uma decisão que, será levada para um coletivo definir junto o que é melhor. Se se colocar firme na sua proposta, não mude porque o outro ou a outra acha que não é boa a mesma mas mude, se for necessário ter um consenso mas, sem perder a sua personalidade. Na minha opinião, isso é Kujichagulia. Se auto determine, diga quem você é e a quem veio assuma quem você é e, leve isso para a sua comunidade.
Djam a todos e Kujichagulia para todos e todas nós.

Kwanzaa


O que é KWANZAA ??????????
O Kwanzaa é uma celebração afro–americana que tem início no dia 26 de Dezembro e fim em 1 de Janeiro de cada ano. É comemorada exclusivamente nos Estados Unidos da América.

O Kwanzaa envolve a reflexão sobre sete princípios básicos, a valorização da comunidade, das crianças e da Vida. Esta celebração está a espalhar–se lentamente pelos Estados Unidos, Canadá, Inglaterra e Caribe e já se podem enviar postais a desejar “Feliz Kwanzaa”. Esta palavra significa "o primeiro, no início" ou, ainda, "os primeiros frutos", e pertence a tradições muito antigas das celebrações das colheitas na África. E foi ela a escolhida para representar esta celebração inventada por um homem, há 34 anos atrás. Maulana Karenga é um professor e activista negro, actual director do Departamento de Estudos Negros da Universidade da Califórnia.

Toda a celebração e os rituais da Kwanzaa foram concebidos após as famosas e terríveis revoltas de Watts, em 1966. Ele buscou em remotas tradições africanas valores que fossem cultivados pelos negros americanos naqueles terríveis dias de lutas pelos direitos civis, de assassinatos de seus principais líderes e que, não sendo religiosos, pudessem atrair - como atraíram - todas as igrejas de todas as comunidades negras em todo o país e, no futuro, pelo mundo fora. Karenga organizou a Kwanzaa em torno de 5 actividades fundamentais, comuns às celebrações africanas da colheita das primeiras frutas:
reunião da família, de amigos, e da comunidade
a reverência ao criador e à criação, destacadamente a acção de graças e a reafirmação dos compromissos de respeitar o ambiente e "curar" o mundo
a comemoração do passado honrando os antepassados, pelo aprendizado de suas lições e seguindo os exemplos das realizações da história
a renovação dos compromissos com os ideais culturais mais altos da comunidade como a verdade, justiça, respeito às pessoas e à natureza, o cuidado com os vulneráveis e respeito aos anciões
a celebração do "Bem da Vida" que é um conjunto de luta, realização, família, comunidade e cultura

Karenga, diz que, "a Kwanzaa é celebrada através de rituais, diálogos, narrativas, poesia, dança, canto, batucada e outras festividades". Estas actividades devem demonstrar os sete princípios, Nguzo Saba em suaíli:

umoja (unidade)
kujichagulia (autodeterminação)
ujima (trabalho coletivo e responsabilidade)
ujamaa (economia cooperativa)
nia (propósito)
kuumba (criatividade)
imani (fé)

A cada dia uma vela de cor diferente deve ser acesa num altar onde são colocadas frutas frescas, uma espiga de milho por cada criança que houver na casa. Depois de acesa a vela, todos bebem de uma taça comum em reverência aos antepassados, e saúdam com a exclamação “Harambee”, que tanto significa "reúnam todas as coisas" como "vamos fazer juntos". A grande festa é a de 1 de janeiro, quando há muita comida, muita alegria e onde cada criança deve ganhar três presentes que devem ser modestos: um livro, um objecto simbólico e um brinquedo.
Kwanzaa
- Palavra africana derivada da frase kiswahili "matunda ya kwanza".


Esse video está em inglês mas, os irmãos e irmãs que puder traduzir para quem não fala a lingua, por favor pois, isso faz parte da nossa unidade.


Nós já passamos por um dia que foi Umoja e hoje, estamos no 2º dia que é Kujichagulia. Colocarei ainda hoje, informações sobre esses dois dias. Djam a tod@s

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Cena Preta










Fala galera!!!!!
Dia 16/07 terá o Cena Preta na AMV - Associação Mangueira Vestibulares.

Serão apresentados os seguintes documentários:

• Mulheres Negras Participando na construção dos seus Direitos;



• Resistência e Cultura – IPEAFRO – Abdias do Nascimento;

• Reparações – Negras Ativas.

Horário: 09:00 horas.

Aguardamos vocês lá!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Cine Clube - Documentário: Nos Tempos da São Bento




Nós da Frente Carioca de Mulheres do Hip Hop, em parceria com o coletivo luta armada, faremos uma exibição de filme no sábado, dia 18 de junho,às 14 horas.
maiores detelhes, no folder em anexo.
aguardamos tod@s lá
negra ro na paz

terça-feira, 10 de maio de 2011



Este é Jorge Jackson.




Fala pessoas boa noite

Venho aqui, mais uma vez, divulgar uma atividade que, ocorrerá na AMV - Associação Mangueira Vestibulares que, é o local onde faço pré-vestibular.

Cena Preta - Se liga!!!!




Cena Preta

É um projeto que visa debater, através dos filmes,
questões do nosso cotidiano, tais como: Relações
de gêneros, Sócio-culturais, Sócio-econômicas
e Sócio-racias. Fortalecendo o diálogo entre a
favela local e o pré-vestibular.
O primeiro filme é Agosto Negro - A curta vida do ativista condenado George Lester Jackson (Gary Dourdan, da série CSI) se torna o estopim para uma revolução, dando início a mais sangrenta rebelião ocorrida em toda a história do presídio de San Quentin. Agosto Negro narra a jornada espiritual e a violenta fé de Jackson, desde sua condenação por roubar 71 dólares de um posto de gasolina até galvanizar a Família Black Guerrilla com seu incendiário livro, criado a partir de cartas, Soledad Brother, ou espalhar ferocidade nos corredores de San Quentin em um dia de agosto, quando seu irmão mais novo, Jonathan, chocou o país ao fazer refém toda uma corte de justiça na Califórnia, em protesto pelo julgamento de Jackson. Para o militante George Jackson, a revolução não era uma escolha... Era uma necessidade.

Data:14/Maio/2011
às 09:00 horas local:
Na Associação Mangueira Vestibulares (AMV)
Rua Visconde de Niterói, 354, Prédio do Relógio,
Morro da Mangueira, próximo a estação de trem.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Violência Urbana Parte II



Só para relembrar os meus de transportes que, pegamos para irmos ao trabalho quando, temos a sorte de sermos empregados.

Violência Urbana parte II – Por Negra Ro

Bom, quem leu a parte I, viu que, falava diretamente do transporte público e da uma forma de violência que sofremos todos os dias para chegar aos nossos compromissos, mas, agora venho falando de uma outra forma de violência que, também, tem a ver com o transporte público sendo que, já entra numa parte delicada que é o impedimento de ir e vir do cidadão por, não ter o dinheiro de passagem para ir aos seus compromissos, lazer, necessidades, etc.
Nós pagamos impostos e, muito caros e, na hora que queremos simplesmente ir ao pré-vestibular, não temos dinheiro para pagar a passagem. Se tiver beleza, vai e volta de boa, mas, se não tiver, para não deixar de ir, é necessário deixar o orgulho ou a vergonha de lado e, ver formas de chegar lá e, uma das formas é pedindo carona ao motorista. Tem uns que dão, outros que não e, dessa forma, vamos levando em frente até que, chegue um dia que o motorista fale que não dá mais aí, tem-se que dar outro jeito. Existem outras formas também como: skate, bicicleta, a pé, de monociclo, enfim sempre estamos arrumando formas de, não se entregar e, sempre um levantando a moral do outro, pois, tem horas que, realmente desanima, mas, é só parar pra pensar: pô, to pagando para o filho do burguês estudar na universidade que é publica. Publica? Como assim se, preciso fazer pré-vestibular pra entrar? Se for pública, posso entrar de boa sem vestibular, mas, as coisas não são bem assim. Só sei que os brancos estão lá porque, fizeram os melhores vestibulares que, tem mais estrutura, estudam o dia todo e, à noite, saem pra dar um role para “esfriar a cabeça” enquanto nós, negros, acordamos as 3, 4, 5 da manha, saímos de casa às vezes, sem tomar café, pois, se o fizer, perde o ônibus lotado para o seu destino, trabalha o dia todo ou parte dele pra depois, ir para o pré-vestibular que, também é muito bom sendo que, o cansaço é tanto que, tem vezes que, não se consegue assimilar a matéria e, só cair a ficha quando, no outro dia, pega a matéria para estudar e, aí sim, consegue entender. Aí eu falo: vu deixar molhe pra eles?????? Nunca!!!!!! Jamais. Quero o meu pedaço do bolo!!!! Como diz o Emicida: “Meu avô fez o bolo e, nem comi um pedaço” é isso!!!!! Meus ancestrais vieram forçados pra cá, escravizados construíram esse país onde, moro e, eu não tenho direito a nada? E, ficarei de braços cruzados a isso????? Jamais.
Além dos negros, tem outros cidadãos de bem que, moram na favela/morro ou, até no asfalto mesmo que, também não tem condições e, passa pelo mesmo problema, mas, olhando a pirâmide social, em se falando de poder econômico, vem primeiro o homem branco/mulher branca/homem negro e por último e, não menos importante nós, mulheres negras. Acho que não preciso falar mais nada em relação a isso.
Por isso que digo: não vamos desistir, não podemos! Temos o direito de estarmos dentro da universidade, seja ela qual for, pois, fazemos parte de um país que se diz democrático, onde está essa democracia que não vejo? O lance é parar de querer achar respostas e, ir para a prática, pois, só assim, poderemos de uma forma geral, mudar a nossa situação.
Acredito na força das nossas ancestrais Luiza Mahin, Rainha Nzinga, Aqualtune, Lelia Gonzáles, Clementina de Jesus, Maria Carolina de Jesus. E, das que estão entre nós que, estão firmes na luta, mais precisamente, nossas mães que, quando não pode dar apoio financeiro, em sua maioria, dão apoio moral para continuar a batalha.
Tem os nossos ancestrais que, também nos passam essa energia positiva: João cândido, zumbi dos palmares, Luiz gama, Manuel congo.
Esses (as) ancestrais são exemplos a serem seguidos. E, com certeza, a trilha é essa, cheia de obstáculos, mas, não final, tudo vai dar certo, terá um pote de mel bem no final e, não de fel.
Lembrando que, muitos de nossos irmãos e irmãs passaram para a universidade e, em sua maioria, se esforçaram o máximo para conseguir chegar lé e eu os(as) parabenizo porque, para nós, as coisas são mais difíeis mas, não impossíveis.



“Somos um Coletivo: não aceitamos que a arbitrariedade de uma hierarquia autoritária determine nossas decisões, mas que elas sejam o resultado de discussões democráticas.” Lelia Gonzáles.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Violência Urbana Parte I

Violência Urbana Parte I
Por Negra Ro

Todos os dias sofremos violência dentro dos meios de transporte. Como é isso? Acordamos 2, 3, 4 horas da manhã para, tentarmos pegar a condução para ir ao trabalho. Os irmãos e irmãs que moram distante passam por isso todo santo dia e, quando consegue pegar o ônibus, é um tormento. Um quase entrando por dentro do outro, tendo que fazer malabarismos para, conseguir uma posição melhor dentro do meio de transporte que, o (a) levará até o trabalho. Parece até um show pirotécnico tendo que se contorcer para não ser "sarrada" ou, para conseguir uma melhor posição até, chegar ao seu destino. No caso das mulheres, há um constrangimento em relação a ficar espremida dentro do ônibus por conta da “sarrada” que, às vezes é proposital e, no caso do transporte cheio, tem vezes que, realmente não tem jeito, pois, não são todos os homens que se aproveitam disso e, acaba que tanto o homem como a mulher, passam por um momento de constrangimento. E, sobre os meios de transporte que, isso acontece sempre, são: ônibus, metrô, trem e até, o transporte alternativo que, mesmo indo sentado, é um espremido com o outro, não há um conforto e agora, as vans põem pessoas em pé e, aí que, de vez acabou o conforto até nesses transportes. Enfim, sofremos violência todos os dias que saímos para pegar o transporte coletivo, seja ele qual for.
Fora quando o motorista não para no ponto ou, quando damos sinal pra descer, ele, para quase dois pontos depois do esperado. E, ainda diz que não demos sinal. É realmente isso é uma violência.
Mas tem outro, porém. Não é só quem mora longe do trabalho que tem que acordar cedo. Tem pessoas que moram perto e que, é necessário sair uma hora e meia antes para chegar ao trabalho e, que ainda necessita pegar o ônibus em outro ponto porque, no ponto que, já está acostumada(o) a pegar, se o fiscal não estiver lá, não para. E, o pior de tudo, quando se desce do ônibus, a sensação que se tem é de estar com o corpo sujo porque, ficamos espremidos (as) dentro do ônibus, num calor infernal que, quando descemos, olhamos para a nossa roupa e, em sua maioria, percebemos que, a mesma está amassada e, até um pouco suja por conta do vai e vem do nosso meio de transporte que, infelizmente é necessário.
É isso.

“Apesar das dificuldades e, dos sofrimentos que passamos todos os dias, não devemos desistir dos nossos ideais, nunca, pois, o opressor está bem ali, na frente, esperando para dar o bote certeiro e, nos desviar dos nossos objetivos, caso, não tenhamos convicção do que queremos de melhor para nós mesmos.”

Negra Ro na Paz








segunda-feira, 11 de abril de 2011




Ola!!!!!
Boa tarde!!!! Estamos de volta sempre na correria mas, desistir, nunca!!!!!
Então, dia 17/04, terá um evento para arrecadar fundos para o IPDH pois, o mesmo, teve o seu 3º andar totalmente destruído por conta do fogo. E, o nome do evento é assoprar as velhinhas porque, faz um ano que, aconteceu o ocorrido com o IPDH e, nada foi feito.

E, quem puder comparecer lá, será bem recebido.

Serviço:Nome: Assoprar as Velhinhas
Data: 17/04
Horário: de 12 as 19HRS.
Onde? Renascença Clube
End.: Rua Barão de São Francisco, nº: 54 - Próximo ao Supermercado Guanabara no Andaraí

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011


Terreiro é atacado em Camaçari (Ba)

O Reveillon de 2011 teve um gosto amargo para os filhos e filhas da casa de axé Ilê Axé Iji Omin Toloyá, localizada em Areias, Camaçari, município componente da Região Metropolitana de Salvador (RMS). Armado com um porrete, um evangélico invadiu o lugar e destruiu artefatos religiosos de valor inestimável. Acuado dentro de casa, onde se refugiou, o babalorixá José Livramento Júnior chamou a polícia, que deteve o agressor. Porém, enquanto a viatura estava a caminho, o estrago foi grande. Após ter destruído a casa dos santos, lugares dedicados a preces e rituais, Gilton avançou furioso sobre um veículo Gol, de propriedade do babalorixá. Em seguida, destruiu completamente uma máquina de lavar, que ficava numa lavanderia fora da casa.
Após lançar sua fúria sobre bens simbólicos e materiais, o rapaz tentou invadir a casa de Livramento, tentando arrombar a porta. De acordo com relatos do pai de santo, ele gritava que teria vindo salvar as pessoas do ‘inimigo’. “Não tenha dúvida da dor, que todos estamos sentindo, mas sabemos também da capacidade histórica que nosso Povo sempre teve e tem para enfrentar todas as formas de violência orquestradas contra nossa fé e patrimônio que herdamos dos nossos ancestrais”, pondera o sacerdote. “Estou aqui de pé diante da dor e luta, de joelhos no chão diante de meu Pai Omolu e acolhido pelos meus”, lamenta.
Contato:
Luiz Souza, jornalista
DRT-Ba: 2537












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Prof.ª Dr.ª Lívia Maria Natália S.Santos
Adjunto I do Setor de Teoria da Literatura
Departamento de Fundamentos para o Estudo das Letras
Universidade Federal da Bahia
Blog: www.osolnasbancasderevista.blogspot.com