quinta-feira, 24 de abril de 2014

Genocídio do Povo Negro por Rosane Barbosa
Até quando continuará morrendo os nossos, por motivos banais? As nossas mortes, já vêm desde os tempos da escravização, quando os nossos ancestrais vieram no navio negreiro e, morriam de várias formas: por doenças adquiridas, estupro, espancamentos, enfim, e isso acontece até hoje, só mudou o formato, e a forma de como  o mesmo continua acontecendo. Segue alguns exemplos, uns antigos e outros atuais:
·         “Adrielly Veira, de 10 anos, foi baleada na cabeça e levada para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, onde não havia neurocirurgião para atendê-la”;
·         “Gualter Damasceno Rocha, o “Gambá - De dia, gesseiro na obra. De noite, dançarino, criando um novo passo: o passinho - o funk das favelas do Rio, suavizado, gingado, com uma influência universal” – Foi morto brutalmente, ainda não se sabe realmente por quem e, o real motivo sendo que o fato é que ele foi para o baile de Manguinhos se divertir e acabou sendo enterrado como indigente, para esconder o crime”;
·         “A mulher arrastada era Claudia Silva Ferreira, de 38 anos, baleada durante uma troca de tiros entre policiais do 9º BPM e traficantes do Morro da Congonha, em Madureira, enquanto ia comprar pão. Essa também é a mesma polícia que debocha e produz factóides para justificar seus atos, como afirmar que Claudia estava em posse de quatro armas, quando todos afirmam que ela tinha ido comprar pão”;
·         “Um jovem teria morrido eletrocutado após receber um tiro de pistola taser disparado por um policial da Unidade de Polícia Pacificadora. Desde janeiro desse ano, o complexo de Manguinhos está ocupado por uma UPP. Testemunhas dos últimos momentos de vida do jovem Mateus Oliveira Casé, de 17 anos, conversaram com nossa reportagem e acusaram policiais pela morte do adolescente. Ele teria recebido o disparo e tido uma parada cardíaca.— O carro de polícia parou e disparou o choque nele. Ele caiu de cabeça e os policiais deixaram ele ali mesmo. Os PMs disseram que ele morreu na UPA [Unidade de Pronto Atendimento] mas quando nós levamos ele para o hospital, ele já chegou lá morto. Você acha certo UPP fazer isso?— pergunta uma testemunha ocular do crime.”
Estes são somente alguns casos que ocorrem com a nossa população negra e, na maioria deles, somos colocados como bandidos, arruaceiros, enfim, somente de coisas negativas. Sem falar do pedreiro Amarildo que, dizem que ele era traficante mas, se ele era mesmo ou não, cadê as provas? E porque tinha que morrer daquele jeito se, nos vídeos da época mostraram que ele não resistiu a nada, no sentido de insultar os policiais? E a menina que morreu no morro de São Carlos de Bala perdida, na mesma época que o menino Hélio? Em relação ao último, fizeram uma mega homenagem e para a menina, a família nem pôde entrar na igreja da candelária, onde houve esta homenagem porque, a missa era somente para o Hélio, um menino branco que, também morreu brutalmente mas, a quantidade de nossas crianças que morrem!!!!!!!!! O Genocídio acontece de diversas formas. Enfim, é só para relatar mesmo isso e, pensar-mos em sempre que fizerem algo conosco, fazer-mos como este irmão fez no vídeo que, procurou as autoridades e, acabou conseguindo uma audiência pública. Sei que as vezes não dá em nada mas, tudo o que é nosso por direito, precisamos recorrer sim pois, se todos nós fizer-mos isso, vai chegar uma hora que, não virará mar de rosas mas pelo menos, a sociedade verá que estamos reagindo.
Só para fechar, no caso do irmão eletrocutado em manguinhos, ele não era envolvido com nada, era somente um jovem andando pela rua. Fico muito preocupada com o Denis pois, ele tem o estereótipo de jovem negro que eles gostam. Sempre quando ele anda pela rua, eles ficam olhando com uma cara de carniça para ele, quem me alertou foi meu namorado. É fogo, nem na rua pode andar...
E outra coisa, alguém ficou sabendo deste meninos de Manguinhos? Pois não me lembro se saiu nos jornais. Só para frizar. Se eu estiver errada, me corrijam.
É isso. Segue o vídeo.



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